Tudo começou com um irmão que morava no Rio de Janeiro e despertou em nós a curiosidade de conhecer o Brasil.
Nossa primeira viagem foi em 1980, e logo descobrimos um país encantador que ficou gravado na nossa memória.
Em 1998, tomamos a decisão de vender nosso ateliê de fabricação de sapatos e emigrar para o Brasil — sem saber ao certo para qual região ir, nem o que fazer.
Acabamos descobrindo o Nordeste e sua vegetação tropical — um verdadeiro clichê para os estrangeiros, mas que nos encantou profundamente.
Fomos pioneiros na região. Sem falar português e com muita coragem, iniciamos a construção da nossa pousada.
Nossa integração com a comunidade local se deu por meio da participação em projetos sociais com os moradores: recuperação e arborização de praças, reorganização de cemitérios, limpeza e instalação de lixeiras na praia, além do resgate do folclore local.
Buscando um nome para a região, sugerimos a criação da Rota Ecológica — proposta que foi adotada e, até hoje, é um verdadeiro sucesso.
Criamos uma associação de artesãos, visitando cada um e colaborando no desenvolvimento de seus produtos.
Fundamos também a associação de hotéis e pousadas AREAL, com o objetivo de transformar a amizade entre os pousadeiros em parcerias de negócios, promovendo a troca de experiências e informações.
Todos os nossos colaboradores foram formados por nós. Em 1999, oferecemos aulas de alfabetização e lecionei francês para a comunidade.
Participamos, em parceria com o IMA e o IBAMA, da reintrodução do peixe-boi, com apoio do Instituto Chico Mendes e da National Geographic.
Atuei como diretora regional da Rota Ecológica (Barra de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras), representando a região nas áreas de meio ambiente e turismo.
Nosso maior aprendizado e conquista foi conquistar o respeito da comunidade, integrando-nos com curiosidade, humildade e desejo genuíno de pertencer à cultura local.